A Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense foi fundada a 1 de Dezembro de 1919, resultando da fusão de vários grupos musicais que existiram previamente, dos quais se destaca a Filarmónica Progresso e Labor, também conhecida como "Banda Velha", cujas primeiras referências conhecidas remontam a 1897 no jornal “O Aldegallense”. Por volta de 1903, devido às dificuldades que se faziam sentir, esta primeira filarmónica Samouqueira extingue-se. Os seus ex-músicos continuaram a formar grupos musicais e a música continuou a fazer parte do dia-a-dia das gentes do Samouco. Em 1910, com a Implantação da República um novo grupo musical surge no Samouco, o "Grupo Republicano e Agrícola do Samouco". Também o grupo "Sol-e-Dó", nesta época, tocava frequentemente para as gente do Samouco. Devido em parte à participação Portuguesa na 1ª Guerra Mundial, estes dois grupos acabaram, em 1918, por desaparecer. Não se conformando com estes desaparecimentos, alguns ex-músicos formam aquele a que chamaram o "Grupo Novo" em finais de 1918. Este grupo passa a reunir-se no barracão de um dos membros, que se localizava precisamente no espaço onde actualmente está implantado o edifício da Sede da S.F.P.L.S. (na actual Praça José Coelho, n.º 46). No começo de 1919 são admitidos os primeiros aprendizes na sua escola de música, que se mantém em funcionamento até hoje. No dia 1 de dezembro de 1919, pelas oito da manhã sairam em arruada os músicos da banda para mostrar ao povo do Samouco que a Banda estava formada. Tradição que ainda hoje se mantém. O primeiro serviço fora do Samouco data de 24 de Junho de 1922, em Cascais, para tocar em homenagem a Sacadura Cabral e Gago Coutinho, que chegavam então da sua Viagem Transatlântica. Depois desse, muitos serviços se seguiram e pequena casa foi crescendo, teve momentos de glória, enormes corsos carnavalescos nas décadas de 70, 80, bailes de Carnaval que ainda hoje são considerados os “maiores da região”, revistas à portuguesa, teatro etc. Teve também momentos de tragédia destacando a perda precoce, do grande maestro e um dos maiores trompetistas que a Europa conheceu, Francisco Domingos Taneco, quando regressava de um “tour” mundial na década de 80. Desde 1978 e até aos dias de hoje representa Portugal em Espanha, nomeadamente na Ciudadde Ayamonte, sendo a única banda portuguesa a tocar há tantos anos numa cidade estrangeira, durante toda uma semana, nas festas em Honra de Nossa Senhora das Angústias. Em 1998, participou a Banda do Samouco na inesquecível Exposição Mundial de Lisboa - Expo 98. Abrilhantou as Festas Gualterianas por mais de 10 anos consecutivos e marcou presença já por quatro vezes na Ilha Terceira, Açores. Desde a reinauguração da praça, que a Banda do Samouco tem sido a banda residente na Praça de Toiros do Campo Pequeno, em Lisboa, abrilhantando quase todas as corridas de toiros. Um pouco por todo o país esta Banda tem sido convidada para tocar em corridas de toiros, romarias e concertos e outros eventos. Comemorados os seus 100 anos em 2019, a Coletividade está preparada para enfrentar os novos desafios com a digitalização e o mundo global em que vivemos e com a forte possibilidade de ter o novo aeroporto do Montijo a apenas 500 metros da sua sede.