A causa da fundação da atividade Filarmónica, a 6 de Agosto de 1849 na vila da Ericeira deve-se a três homens que ficam para sempre eternizados na história da nossa vila. O professor Joaquim Elisiário Ferreira, o Tabelião António Agostinho da Costa Batalha e o Frade Egresso Frei Vicente de São Joaquim Rodrigues da Costa, foram os responsáveis pela introdução da música na terra “jagoza”. Após a sua fundação, passou sobre a alçada de várias instituições e denominou-se por vários nomes, até 1976. Apesar disto, os seus ideais e espírito de fraternidade mantém-se até aos dias de hoje. A atual Filarmónica Cultural Ericeira surge a 27 de Abril de 1987, que passou a ser uma associação independente e gerida por estatutos e órgãos próprios. Atualmente, a banda conta com cerca de 40 músicos que interpretam obras de compositores portugueses e estrangeiros. Passando pela música erudita, contemporânea, sinfónica, filarmónica, temas de bandas sonoras de filmes e musicais, sem esquecendo as habituais marchas e rapsódias, a Filarmónica Cultural Ericeira já conta com diversos concertos, com a participação de Solistas e Coros, Grupos de Cavaquinhos e Tunas de Universidades Seniores. A Filarmónica conta ainda com uma escola de música, com mais de 30 alunos, cujo principal objetivo é formar os futuros músicos da nossa Banda. Em 2016 a banda da Filarmónica Cultural Ericeira editou o seu primeiro CD, "Renascer", com o apoio da Câmara Municipal de Mafra, da Junta de Freguesia da Ericeira e da Caixa Crédito Agrícola de Mafra. Em Janeiro de 2017 apresentou na Basílica do Palácio Nacional de Mafra o novo fardamento, que utiliza os tons de azul e dourado para simbolizar a vila da Ericeira, através das cores do seu mar, areais e ainda remeter para vertente histórica e cultural do concelho, na sua ligação ao período dos descobrimentos. Na sua direção artística passaram já os maestros Franco, Joaquim Ribeiro, João Alberto de Menezes dos Santos, João Fortunato Panta Nunes, Luís Filipe Carricheiro dos Santos e Manuel Rua. Relembra-se a colaboração incansável dos mestres Mano e Freire. Desde fevereiro de 2018 que a direção artística e pedagógica da FCE está entregue ao Maestro António Manuel Cardoso Rosado, que voltou à banda onde se estreou como maestro cerca de dez anos antes. Além dos apoios institucionais da Câmara Municipal de Mafra, Junta de Freguesia da Ericeira, e das colaborações constantes com o Palácio Nacional de Mafra e a Paróquia de São Pedro da Ericeira, a FCE conta ainda com o apoio constante das empresas Unicer FIMA e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mafra. Para além disso, é um dos principais objetivos da atual gestão estreitar as relações com as mais diversas entidades, associações e movimentos da vila da Ericeira e do Concelho de Mafra. Em dezembro de 2018, com a V edição do ciclo NATIVITAS, a FCE estreitou as suas relações com o Agrupamento de Escolas da Ericeira, e criou ainda uma parceria com o Conservatório de Música de Mafra. A atmosfera jovem e rejuvenescida, aliada à experiência dos músicos mais velhos, leva a que esta filarmónica, a segunda mais antiga do Concelho de Mafra, e uma das mais antigas do País, sejam um exemplo na integração dos Jovens nos Órgãos do Associativismo. A sua história centenária faz com que a vontade de crescer esteja presente em todos os Músicos, Sócios, Alunos, Diretores e Maestro.
Última Atualização: 21/12/2021