Sociedade Filarmónica Silvense

Fundada em 1933

Historial

Sociedade Filarmónica Silvense No ano de 1842 surgiu em Silves e pela primeira vez uma Banda Filarmónica, a “Filarmónica do Guerreiro”, criada e regida pela família do respectivo topónimo, que viveu nesta cidade até 1865. Pelo Carnaval de 1869, nascia uma nova Banda a “Filarmónica dos Fraldas”, criada por alguns cidadãos progressistas que saíram à rua simplesmente de fraldas, dirigiram essa Banda: Salvador Gomes Vilarinho, António Caldas, Vicente de Almeida e depois Henrique Rocha (filho) que substituíra Vicente de Almeida, como Regente. Das rivalidades políticas entre o Partido Progressista e o Partido Regenerador, surgiu uma segunda banda, a “Filarmónica dos Moleiros”, que teve na sua origem Gregório Mascarenhas. Também se vestiam de fraldas, mas estas eram verdes e vermelhas e daí lhe adveio o rótulo de “Os Periquitos”. Foi dirigida por Henrique Rocha (pai) e José da Cruz Guerreiro. Não foram fáceis nem pacíficos esses anos, porque sempre que estas duas Bandas, que representavam duas Indústrias (as Caldas e as Mascarenhas), se cruzavam nas ruas, havia pancadaria, tal era a rivalidade. Em paralelo, nasceu ainda um Grupo de Ocarinas, instrumento musical feito de barro, cujo som é idêntico ao da flauta. Esse grupo cultivou pela primeira vez em Silves este instrumento. O revirar do século e a crise das fábricas que originaram as duas Bandas, marcou o fim da Caldas em 1906 e da Mascarenhas em 1910. Mas enquanto umas morriam, uma nova Banda já tinha nascido em 1908 a “Orquestra Freire”, era uma orquestra de instrumentos de corda e teve como Regente Henrique Rocha (Júnior), pianista que actuava na Sociedade Vilarinho. A Orquestra Freire sobreviveu até ao surgimento do cinema sonoro. Embora não haja registos, entre os anos 1865-1869 e 1910-1912 sabe-se que nos primeiros anos da República Portuguesa a “Sociedade de Classe” adquiriu instrumentos musicais das anteriores Bandas e criou uma Filarmónica que ia funcionando, embora com carências. Quando a “Sociedade de Classe” se extinguiu, foi constituída a actual Filarmónica que aprovou os seus estatutos em 1933 com o nome “Sociedade Filarmónica Silvense”. Durante várias décadas e até Outubro de 2002 teve a sua sede no Teatro Gregório Mascarenhas. Provisoriamente, a Sociedade Filarmónica Silvense esteve no edifício da Cooperativa “ A Compensadora”. Em Novembro de 2014 mudou-se definitivamente para a sua nova sede no Largo 1º de Maio. Já teve um Rancho Folclórico, nascido em 1981 da sua componente etnológica, versando e divulgando cantares e danças de Silves e do Algarve. Faz parte desta associação o grupo de teatro amador “O Gruta” datado de 1981 (Atualmente sem atividade) e o Grupo Coral criado em Outubro 1998. Em 2019 a Banda Filarmónica conta com cerca de 35 músicos. Ao longo dos anos, vários foram os maestros e músicos, que dela fizeram parte. Actualmente é regida pelo Maestro Pedro Coutinho. Todos são amadores: músicos, actores e coralistas.

Última Atualização: 13/07/2020