Em 1953 a população da freguesia da Fajãzinha adquiria a sua Banda de Música, facto, para o qual muito contribuiu o empenho e a vontade do Pároco da Freguesia (Revê.º P.e António Joaquim de Freitas), e do Sr. º Afonso Rodrigues Duarte, ambos já falecidos e desde há vários anos Sócios honorários desta Filarmónica. Desde essa data e até 1967 a Filarmónica desenvolveu regularmente a sua atividade, tendo o surto migratório ocorrido nesse ano, obrigando à cessação da sua atividade, que apenas viria a ser retomada no ano de 1983. Desde então, a sua Escola de Música formou jovens não só na freguesia da Fajãzinha, como também na freguesia da Caveira, Lajedo, Lajes, Fazenda das Lajes, Lomba, Mosteiro, Ponta Delgada, Fajã Grande e Santa Cruz. As camadas por vezes extremamente jovens que tem saído desta Escola, tem permitido à Filarmónica manter-se em funcionamento, colmatando assim as brechas que os estudos fora da Ilha das Flores causam, prejudicando todos os anos o seu normal desenvolvimento. Apesar de todas estas dificuldades, a Filarmónica atua regularmente em todas as freguesias da Ilha, tendo também atuado já na vizinha Ilha do Corvo por diversas vezes, tendo sido a ultima em agosto de 2019, pela celebração da Festa da Sagrada Família, bem como na Ilha Graciosa em 1989 por ocasião dos Festejos de Nª Sª da Luz e na Ilha Terceira no ano de 1997 e nas Festas da Cidade da Praia da Vitoria, tendo sido esta Filarmónica a primeira a atuar fora do Grupo Ocidental. É uma Banda composta por cerca de 45 elementos, provenientes de várias freguesias da Ilha e tem como Maestro José Gabriel Freitas Eduardo. A banda prima pelo empenho e desenvolvimento e difusão da arte musical na Ilha, mantendo sempre a funcionar a sua Escola de Música que ente 2018 e 2019 conta, por exemplo, envolver cerca de três dezenas de elementos. No ano de 1999, para além das diversas atuações na Ilha demos início a um intercâmbio com a Filarmónica de São João de Stoughton, com a ida aos Estados Unidos da América, por altura das Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Nova Inglaterra que se realizaram na cidade de Fall River. Em 2000 recebeu a Filarmónica de São Tiago dos Marrazes, do distrito de Leiria, iniciando assim um intercâmbio que concretizou com a saída em 2001 a Leiria, onde registou várias atuações nos Marrazes, Pombal, Vermoil e Termas de Monte Real. Ainda em 2001 a atualmente única filarmónica da ilha recebeu a Filarmónica de São João de Stoughton dando por terminado o intercâmbio iniciado em 1999. No ano de 2002 além das habituais atuações na Ilha houve espaço para dar início ao intercâmbio com a Filarmónica de Vermoil, que visitou a ilha das Flores em setembro, ficando em aberto a deslocação a esta localidade no distrito de Pombal. No ano de 2003, cumpriu-se com as várias atuações que durante todo o Verão realizamos em toda a Ilha, bem como a comemoração do Cinquentenário da filarmónica, que foi integrado nas Festas da Padroeira Nª Sª dos Remédios, realizando-se uma exposição de fotografia e de alguns dos mais antigos fardamentos e instrumentos que são do início da banda, mas que já não estão em funcionamento. Nestas mesmas Festas recebeu-se na Fajãzinha a Banda Montalvense 24 de janeiro, ficando também em aberto a viagem de retribuição de intercâmbio. Mantem-se com regularidade, diversas atuações por toda a Ilha, bem como na Ilha do Corvo, como recentemente a participação numa formação e concerto com a Lira Corvense no Verão de 2018 e duas deslocações no passado Verão de 2019. No mês de agosto de 2013 a Filarmónica U. O. C. Nª Sª dos Remédios deslocou-se até à ilha Terceira a fim de participar nas Festas da Praia da Vitória, tendo efetuado naquela cidade um desfile, uma procissão e um concerto. Já no ano de 2014 vários elementos desta filarmónica propuseram a criação de um quarteto de saxofones e um quinteto de metais tendo efetuado diversas atuações pelas várias igrejas da ilha. Além das atuações regulares a filarmónica tem recorrido a workshops e formações de aperfeiçoamento, o último dos quais em outubro de 2019, bem como a participação de alguns elementos em formações realizadas noutras ilhas dos Açores. Atualmente a banda tem dois elemento no projeto Orquestra Regional Lira Açoriana, cuja representação da filarmónica da Fajãzinha foi constante desde a sua criação em 1998. Durante a última semana de julho de 2018 a Filarmónica União Operária e Cultural Nª Sª dos Remédios participou nas festas da Ribeirinha, freguesia do Guadalupe na ilha Graciosa, numa viagem que levou à ilha Branca uma comitiva de 45 elementos três décadas depois da primeira viagem para fora do Grupo Ocidental, precisamente à Graciosa. Durante o ano de 2019 a Filarmónica deslocou-se aos Estados Unidos da América (20 anos depois da primeira saída do país) mais propriamente a vila de Stoughton condado de Norfolk estado de Massachusetts onde efetuou diversas atuações junto da comunidade portuguesa lá radicada. Participou ainda nas celebrações dos 30 anos da geminação entre as cidades de Stoughton e Lajes das Flores e nas grandes Festas de Nossa de Fátima da mesma vila.
Última Atualização: 9/05/2023