Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense

Fundada em 1891

Historial

A Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense tem como data oficial da sua fundação 15 de Abril 1891. Não havendo muitos dados concretos quanto à sua fundação, o Senhor Gustavo Alves, numa resenha histórica escrita em 1995 para ser distribuída pela comunicação social e publicada no jornal “ A Comarca da Sertã” em 24 de Novembro de 1995 pela mão de Alberto Salgueiro dos Santos, situa-a entre os anos 1887 e 1891. Atribuindo a sua fundação a um grupo de Pedroguenses liderados por Adelino Duarte Pessoa dos Santos (que foi músico, regente e director) sendo convidado para primeiro dirigente Joaquim Henriques Vidigal. Devido ao facto de já existirem outras Bandas nas redondezas, ao serfundada mais uma deu-se-lhe o nome de “Aurora” por ser o nascer de umanova alma musical. Sucederam-lhe Alfredo das Neves Conceição, Francisco Alves dos Santos, José Inácio Pessoa (também músico e Maestro), o Padre Matos a partir de 1916 (sendo também Maestro). Em 1925 reassume a Direcção Francisco Alves dos Santos, seguido do Prof. António Ferreira David, Francisco Costa Mouga, Inácio Henriques Vidigal, António Henriques Vidigal, José Martins e José Simões da Aldeia (1932/1933). Entre 1934 e 1942 a Filarmónica foi liderada por Gustavo Perfeito Sequeira Alves, que também foi musico e Maestro (em algumas ocasiões). Sucedendo-lhe em 1943 o Prof. Joaquim Nunes Rodrigues e Francisco Costa Mouga, tendo neste período a Filarmónica vivido alguns problemas, tendo estado em vias de fechar as portas. Em 1944 o Padre Serafim Serra assume a liderança da Filarmónica com a colaboração de Francisco Alves da Silva e José Antunes Amaro. Sendo a regência da Banda entregue ao Maestro Ângelo Ambrósio. É o início de um novo ciclo que vai terminar com a crise directiva e financeira de 1975. Durante este período passaram pela Filarmónica alguns maestros, dos quais se destacou o Sr. José da Cunha Medeiros, que dirigiu a Banda durante cerca de 15 anos, tendo ainda ensinado a sua profissão (alfaiate) a alguns jovens da terra, que por sinal também eram músicos. A 31 de Julho de 1954 a Filarmónica actuou na recepção ao então Presidente da República General Craveiro Lopes, quando da inauguração da Barragem do Cabril, sendo esta talvez das mais importantes actuações da sua história. Em 26-04-1960 os Estatutos da Filarmónica são aprovados pelo Governo Civil de Castelo Branco. Em 17-05-1975 em plena crise directiva e financeira, reuniram os 12 Músicos que compunham a Filarmónica e elegeram uma comissão “Ad-Hoc” constituída por, Francisco Alves da Silva, José Francisco Marques, José Fernandes Mendes, José Nunes, Avelino Silva Pirão e Virgílio do Sacramento Freire, que conduziu os destinos desta casa até Março de 1977, tendo conseguido regularizar a situação financeira, recuperar alguns Músicos que haviam saído, tendo ainda contratado o Sr. Medeiros para Maestro. De seguida foram Presidentes da Filarmónica: José Francisco Marques (1977) Fernando Antunes Duarte (1978 – 1981) João Antunes Rei (1981 – 1982) António da Silva Barata Duarte (1982 – 1983) Joaquim António (1983 -1985) Joaquim Alves (1985 – 1989) Padre Miguel Farinha (1989 – 1991) Eng.º José Ramos Moreira (1992 – 1995) José Fernandes Nunes (1996 – 2001) Afonso Ferreira Gaspar (2002 – 2004) António Duarte Fernandes (24-03-2004 a 03-04-2004) Seguiu-se uma Comissão Administrativa constituída por António Duarte Fernandes, Francisco José Rei e Raul Manuel Santos que geriu a Filarmónica ate 05 de Setembro de 2004. Em 1979 foi criada a Escola de Música pelo Sr. Fernando Mouga, tendo sido o Padre João António da Silva o seu primeiro professor. Poucos meses depois foi contratado o Maestro Diogo António Santana, que também assumiu a Direcção da Escola de Música. Dá-se início a uma nova era, apostando-se fortemente na formação, a Banda atinge assim um nível musical bastante elevado. Em 1980 entram para a Banda os primeiros Músicos do sexo feminino, Suzete dos Santos Mendes e Judite Maria dos Santos Mendes. Em 1986 a Filarmónica adquire o primeiro autocarro, tendo tido um papel relevante na sua aquisição, um grupo de Pedroguenses radicados em Lisboa e no Canadá. A 24-06-1988 a Filarmónica foi considerada Instituição de Utilidade Pública. Em 1989 é promovido a Maestro o jovem Carlos Alberto do Carmo António Venâncio (formado na Escola de Música da SFAP) que dá continuidade ao brilhante trabalho do seu antecessor, dirigindo a Filarmónica com brilhantismo até Abril de 2002. O verão de 2004 fica marcado por uma profunda crise directiva e financeira, os primeiros passos para a recuperação são dados com a eleição de uma nova comissão administrativa na Assembleia-geral de 05 de Setembro de 2004. Esta assembleia fica também marcada pela eleição de Emília Martins Leitão, a primeira mulher a ocupar cargos directivos nesta colectividade. A estabilidade directiva é atingida em 13 de Novembro de 2004 com a eleição dos corpos sociais que antecederam os actuais e cuja composição sofreu pequenas alterações. Ao longo da sua existência esta Filarmónica tem realizado actuações um pouco por todo o País, com especial incidência na Região Centro e na zona de Lisboa. Tendo nas décadas de oitenta e de noventa, participado em várias recepções a membros do governo que se deslocaram a esta região, conta ainda no seu historial com deslocações a Espanha (Outubro de 1999 e Agosto de 2001), Madeira (Agosto de 2001) e Açores (Agosto de 2003). Em Maio de 2001 gravou um C.D. Desde 1992 vem organizando encontros de Bandas com regularidade, tendo no dia 16 de Setembro de 2007 decorrido a sua 11º edição. A 30 de Setembro de 2001 a Filarmónica actuou no estádio da Luz perante cerca de 30 mil espectadores quando da realização do jogo Benfica – Alverca. Actualmente a S. F. A. P. é composta por 37 músicos a sua grande maioria com idade inferior a 25 anos, possui escola de música gratuita que é frequentada por cerca de 15 alunos. É dirigida pelo maestro Pedro Cordeiro desde Janeiro de 2011.

Última Atualização: 19/08/2019