Corria o ano de 1907 quando, na freguesia de Malhada Sorda (concelho de Almeida, distrito da Guarda), habitava um homem de nome Soller, conhecido na região por mestre “Solas”. Solas era sargento reformado da Banda de Música da Guarda Nacional, e com o tempo livre de que agora dispunha, decidiu ensinar música a um grupo de habitantes da aldeia. Assim nascia a Banda Musical Malhadense, sendo Solas o seu primeiro regente. Com a morte do seu primeiro maestro, em 1912, e não havendo na altura ninguém na região com a sabedoria suficiente para dar continuidade ao seu trabalho, a banda entra em decadência, acabando por ficar praticamente inativa. Em 1945, passadas quase quatro décadas da sua criação, vive-se em Malhada Sorda um clima de desenvolvimento e crescimento económico que dinamiza e incrementa a organização das suas gentes, quer em atividades de cariz religioso, como também cultural e recreativo. É nesse clima favorável que o então pároco da freguesia, Padre José Pinto, acompanhado por António Teles e Adelino Gata, decidiram dinamizar a filarmónica. É convidado para liderar a mesma o mestre José Pinto. A Banda Musical Malhadense apresenta-se então como Sociedade Musical Malhadense e passa a tocar nas principais festas do Distrito da Guarda e em algumas ocasiões no estrangeiro. O número de associados aumenta e diversificam-se as atividades organizadas. No final da década de 90 a Sociedade Musical Malhadense dá origem à Associação Musical, Cultural e Desportiva Malhadense (AMCDM), cria um espaço para encontro e convívio dos seus associados, possui um campo para prática de desportos e é responsável pela formação de jovens músicos na aldeia. Mais recentemente, primeiro sob a batuta do mestre José Batista, e depois do mestre Joaquim Neves, é dinamizada a Academia de Música, onde são formados os futuros músicos da Banda Musical Malhadense, agora provindos de várias aldeias do concelho de Almeida e de concelhos vizinhos.
Última Atualização: 19/07/2022